E você, vai contar o que pros seus netos?

E aí, jardim! Tudo verde?

Como disse a Deby, eu estava, folgadamente, dourando a minha cútis nas praiax cariocax de Cabo Frio e Arraial do Cabo, mas já tô de volta pra contar minhas aventuras pra vocês!

Saímos daqui na quinta, aproximadamente às 8h da manhã, em um carro foram dois tios e uma tia, e no outro, eu, um primo e uma prima. A ida já foi cheia de gargalhadas, brincadeiras e bobeiras entre primos, ao som dos fofíssimos César Menotti e Fabiano e sob às reclamações ininterruptas do Pedro, que, estranhamente, conhecia todas as músicas e cantava junto.
Chegamos a Cabo Frio pouco depois do meio-dia. Mas chegar à cidade é uma coisa, encontrar o apartamento é outra completamente diferente. E ainda por cima, havíamos nos perdido do outro carro antes de chegar ao Rio, já que, como diz a Tathy 'resolvemos pegar um caminho alternativo' - maior e mais longe, diga-se de passagem. Devia ser pra apreciar melhor a paisagem, cheia de morros e favelas. Tá, já tô exagerando! haha.
E como a tecnologia deve ser usada a nosso favor, logo que chegamos a Cabo Frio, os celulares começaram a tocar enviando e recebendo informações sobre o endereço do prédio, onde encontraríamos o dono do apartamento.
Depois de umas 547962 ligações do meu tio perguntando onde nós estávamos, o celular toca de novo, mas dessa vez, de um número de lá, provavelmente de um orelhão, e a Tathy diz: 'Atende aí, Pedro, deve ser o Sr. Genézio, dono do apartamento.'
Mas o vento forte entrando no carro em movimento deve ter impedido a boa audição do garoto, que atendeu dizendo: 'Alô, Sr. Genival?'
'É Genézio, Pedro!' gritamos, Tathy e eu, em meio a gargalhadas.
Mas não era o Sr. Genival, nem Genézio, era meu tio, querendo saber o nome da rua do prédio. Pedro: 'Tathy, o seu pai tá perguntando o nome da rua do prédio.'
Tathy: 'Meira Júnior.'
Pedro: 'É Beira Júnior, tio.'
Tathy: 'Meira Júnior.'Pedro: 'Meia Júnior.'
Eu, me intrometendo, em prol de uma informação correta: 'MMMeira, Pedro! De Tarcísio MMMeira!'
Pedro: 'Ahhh, Meira Júnior!'
Não demorou muito, encontramos a tal rua Meira Júnior e chegamos ao prédio, onde o Sr. Genézio nos esperava para mostrar o apartamento e entregar a chave.
Depois fomos almoçar num restaurante lá perto e, como bons turistas, trocamos logo de roupa e fomos à praia, enquanto os 'adultos' foram ao supermercado fazer a 'compra da semana'.
Durante praticamente todos os dias, acordamos lá pelas 8h, tomamos café, ajeitamos o apartamento e fomos à praia, de onde só voltávamos na hora do almoço. E depois que eu arrumava a cozinha - já que era a minha parte no combinado da divisão de tarefas - íamos pra piscina do prédio e ficávamos até umas 18h, quando subíamos pra tomar banho e nos arrumar pra passear e lanchar na rua.
O ponto alto da viagem pra mim foi na terça-feira, quando fomos à Praia do Forno, em Arraial do Cabo, que é colada em Cabo Frio. Uma das nossas mais lindas flores (minha e da Deby), a Laís Doce, mora em Arraial, nós só nos conhecíamos pela net e já havíamos combinado mais ou menos de nos encontrar lá.
Quando chegamos a Arraial, na entrada da trilha que leva à Praia do Forno, eu liguei pra avisar a Laís que já tinha chegado, mas a bonitona ainda estava dormindo, então deixei o recado com o pai dela, dizendo que ligaria quando saísse da praia, pra me encontrar com ela num lugar mais 'encontrável', um shopping, lanchonete, essas coisas.
Depois da caminhada, chegamos salvos e quase derretidos à praia cuja vista compensa todos os degraus altos e cobertos de areia escorregadia (onde nossa queridíssima flor Débinha já caiu), insetos e folhagens pinicantes da trilha. Gente, aquilo lá é perfeito! Parece aquelas paisagens de wallpapers que a gente chega a duvidar que existem! Lindo, lindo, lindo!
Chegamos à praia, e começamos a desfrutar da nossa vidinha mais ou menos de comer camarão, dourar a pele no sol e refrescá-la nas águas límpidas de Arraial que nos permitem ver os peixinhos nadando do nosso lado. Até que um bendito ser tem a idéia de passear de banana, e a bobona aqui vai, literalmente, na onda. Estávamos numa ponta da praia, logo na entrada, e o cara dono das bananas ficava na outra ponta, aí juntamos nosso grupo de corajosos e atravessamos a praia.
Enquanto caminhávamos em direção à mort... ops! à banana, eu observava o mar, pensando em sei-lá-o-quê (porque eu deveria estar inconsciente quando concordei em andar naquele troço) quando meus olhos apertados pelo sol avistaram uma preta linda e sorridente que brincava na água. Parei, olhei devagar, cheguei mais perto, não tinha mais dúvidas, era ela, a Laís! Muito discretamente gritei: 'Menina Dooooooooooce!' e ela pode ser quase cega, mas surda e muda não é, porque veio correndo e gritando na minha direção. Nos abraçamos forte e começamos a falar um monte de coisas tentando entender como a gente tinha se encontrado - típico de quem não tá acreditando no que tá acontecendo! hehe.
Aí eu me juntei ao meu grupo corajoso e fui me preparar pro passeio de banana, dizendo à Doce que depois voltaria pra conversar mais e tirar fotos. Cheguei no cara das bananas e devo ter tido um lapso de consciência, porque perguntei: 'Moço, como é o trajeto? Vai lá no meio do mar? A gente cai lá? Eu não quero cair, não! Qual a possibilidade de eu morrer nesse troço?'
E ele, muito esperto e marketeiro, deu um sorrisinho malandro e respondeu: 'Não joga no meio do mar, não, só aqui na beirada. Garanto 100% de chande de você viver, e mais feliz.'
Quem não quer viver, e mais feliz ainda? Bora pra banana!
Colocamos os coletes salva-vidas, que por sinal são muito úteis, fiz uma rápida e pessoal oração e subimos na banana. Eu no meio, pra ter em quem segurar, por via das dúvidas, né? E o treco começou a andar. Eu até curti o passeio no começo, tô lá feliz da vida, me achando a aventureira, apreciando o mar azul e clarinho, e sentindo o vento nos cabelos. Até que o troço faz uma virada brusca e puft! cai todo mundo no meio do mar! (deu até um frio na barriga de lembrar, sério!) Eu devo ter descido uns dois metros mar abaixo, porque deu tempo do tal 'filmezinho da nossa vida' passar todo na minha cabeça, e eu, apegada à promessa do cara de não jogar a gente no mar, pensei, inocentemente, que aquilo tinha sido um acidente, imprevisto, e não parte do trajeto como realmente era.
Pensei nos meus pais 'se eu morrer, eles me matam', na minha irmã e na minha cachorra, até que resolvi lembrar dos anos de aula de natação e do tal colete salva-vidas (que de bonito não tinha nada, então tinha que servir pra alguma coisa), comecei a bater os pés e logo cheguei à superfície, auxiliada pelo colete.
Cada um dos 'corajosos' tinha uma cara diferente; meu tio se agarrou à banana e não queria soltar por nada, o Pedro tinha cara de assustado, o Thiago (outro primo que chegou depois), que quase engoliu toda a água do mar, não parava de tossir, o Carlos (namorado da Tathy) foi acudir o Thiago, eu, conforme a descrição do restante, tinha na face um ar de 'o que aconteceu?', e a Tathy ria da cara de todo mundo.
Olhei pro cara do bote com uma cara de 'Viu, seu bobão, eu não morri!' e ele ajudou um por um a voltar pra banana. E aí o menininho que tava ajudando ele no bote, ficou rindo da minha cara e disse: 'Se prepara porque ainda tem mais dois desse!'
'Como assim mais dois?!', pensei. 'Quer dizer que isso foi planejado? Ele sabia que a gente ia cair? Eu não quero cair mais, não!'
E logo os pensamentos saíram da minha boca em forma de palavras, ou gritos. 'Moço, eu não quero cair mais, não!!!'
'Os outros são melhores, você vai ver.'
'Eu não vou ver nada, quero ir com você aí no bote.'
'Não, moça, fica aí e aproveita o passeio.'
'Por favor, deixa eu ir no bote!' e gritei, chorando.
Rapidamente ele aproximou o bote da banana e me ajudou a subir lá. Ele não era doido de discordar com uma mulher em prantos, né? hahaha.
E aí, sim, eu pude curtir o passeio, voltei a apreciar o azul do mar e sentir o vento nos cabelos. Só não foi melhor do que sentir a areia nos pés, quando chegamos à praia. Ai, como eu gosto do chão!
A experiência foi legal, mas só serviu de experiência mesmo. Pra 'contar pros netos'.
Depois voltei pra perto da Laís, onde estavam o irmão e o marido dela, que iria tirar fotos nossas, e eu fui ao mar molhar o cabelo de novo pra ficar mais apresentável ao lado da lindeza da Doce.
Observei um casal bem clarinho e loiro conversando entre si e apontando pro mar, e eu, na minha infinita curiosidade, perguntei: 'É peixe?'
O cara me olhou meio assustado, mas respondeu com um sotaque muito carregado e com certa dificuldade que eles eram argentinos e não falavam português. Mas como tudo nessa vida tem a sua utilidade, acionei o meu humilde e limitado vocabulário de espanhol adquirido durante as aulas do ensino médio e agora no curso, e respondi timidamente, morrendo de medo de falar besteira: 'Yo hago clases de español.'
E foi o suficiente pros dois abrirem um sorrisão, como quem diz 'Alguém pra conversar com a gente! Êeeeeeeeeee!' E foi exatamente o que fizemos: conversamos! Sobre tudo, sobre todos, deu até pra rir com eles! Foi beeem legal!
Aí eu me despedi deles, molhei o cabelo pela trilhonésima vez e fui pra minha sessão de fotos com a Doce. Depois o irmão e marido dela foram embora pra outra praia surfar e nós duas ficamos fofocando, rindo, brincando, desenhando na areia e tirando fotos. Até que chegou o Renan com a irmãzinha dele, e aí nós conversamos, brincamos e rimos mais ainda! Renan é uma figura! hehe.
Mas como tudo nessa vida acaba (nossa, que profundo!), chegou a hora de dizer tchau =/. A Doce foi com o Renan encontrar o marido dela na outra praia e eu voltei pra Cabo Frio com a minha trupe.
Os últimos dias correram numa boa... A essa altura eu já tava mais preta do que vermelha, o que me deixou feliz. Aproveitei ao máximo praia, piscina e passeios com o pessoal, que só de estar junto, já é motivo de dar risada! E minhas flores ficaram mais regadas do que nunca, tanto que quase se afogaram! haha.

Beijos, flores.
Deus abençõe vocês!
Bel.

1 comentários:

Aline Zeeberg disse...

Caramba!!! Isso que é aventura!!! hahuauha :D
Beijos

Design by Blogger Templates